Baldez defende que o Maranhão não pode ficar de fora do próximo leilão da ANP
SÃO LUÍS– O novo marco energético brasileiro, conhecido como Margem Equatorial, abrange uma vasta área do Amapá ao Rio Grande do Norte e possui um potencial estimado de 20 a 30 bilhões de barris de petróleo. No entanto, a exploração dessa riqueza enfrenta resistência do IBAMA, que tem barrado o licenciamento para perfuração nas bacias do Foz do Amazonas e Barreirinhas, citando preocupações ambientais. A quantificação desse potencial é crucial para o desenvolvimento econômico das regiões Norte e Nordeste, que poderiam se beneficiar de experiências positivas observadas em países vizinhos, como Guiana e Suriname.
Em recente artigo publicado, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) e segundo diretor secretário da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Edilson Baldez, destacou que a Petrobras, reconhecida por sua expertise em exploração offshore, tem solicitado autorização para realizar estudos na área. No entanto, enfrenta obstáculos devido a alegações de proteção ambiental que, segundo especialistas, não se sustentam. Um estudo recente da Universidade Federal Fluminense contradiz a avaliação do IBAMA, indicando que o solo da Margem Equatorial é composto por areia e cascalho, e não por bancos de corais.
A CNI estima que a exploração de petróleo na região poderia adicionar R$ 65 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do país e gerar 326 mil empregos, ressaltando a urgência de um consenso entre entidades, governos e sociedade para viabilizar esse projeto estratégico. O próximo leilão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), agendado para 17 de junho, representa uma oportunidade crucial para o Maranhão, que precisa ser incluído nesse processo de desenvolvimento.
Foto: Veruska Oliveira