O II Congresso Sesc/Senac – Educação que Transforma: Equidade, Inclusão e Diversidade na Educação: Desafios e Proposições, ocorreu nos dias 3 e 4 de setembro de 2025, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton, no Calhau, em São Luís. O evento reuniu mais de 250 inscritos, incluindo gestores, instrutores, equipe pedagógica das unidades Sesc e Senac de todo o Maranhão, além de empresários, especialistas e representantes de instituições públicas e privadas, consolidando-se como espaço de discussão acadêmica e profissional sobre práticas inclusivas na educação.
O artista autista e multi-instrumentista, Victor Oliveira recepcionou os participantes com uma belíssima apresentação musical. Em seguida, a programação iniciou com as falas institucionais do Diretor Regional do Senac Maranhão, Ahirton Lopes; da Diretora Regional do Sesc Maranhão, Rutineia Amaral; do Gerente de Educação do Departamento Nacional do Sesc, Luís Fernando de Moraes; e do Presidente em exercício do Sistema Fecomércio/ Sesc/ Senac Manoel Barbosa, que destacaram a importância de eventos que unem educação, cultura e transformação social.
A palestra de abertura contou com Luciana Brites, especialista em neurodesenvolvimento e distúrbios de aprendizagem, doutoranda e mestre em distúrbios do desenvolvimento pela Universidade Mackenzie. Durante sua fala, Brites apresentou estratégias de educação inclusiva, com enfoque na redução de desigualdades educacionais e sociais, abordando metodologias voltadas para crianças e adolescentes atípicos, com atenção especial ao contexto clínico e escolar.
No mesmo dia, os participantes assistiram ao desfile “Moda Inclusiva”, produzido por alunos e instrutores do segmento de Moda do Senac. A coleção apresentada destacou três eixos: roupas adaptadas para pessoas com deficiência física, peças sensoriais para pessoas neurodivergentes e vestuário com referências afro-indígenas e étnico-raciais. As modelagens incluíram zíperes facilitadores, tecidos leves, botões de fácil manuseio e cores pensadas para conforto e bem-estar, evidenciando a aplicabilidade de princípios de acessibilidade na prática profissional.
O painel temático “Equidade, Inclusão e Diversidade na Educação: Desafios e Proposições” contou com a mediação da psicóloga escolar Rosa de Paula Prado e participação das painelistas Pollianna Galvão, com pós-doutorados em Psicologia do Desenvolvimento Escolar e coordenação de grupos de pesquisa em psicologia escolar; e a Adriana Barufaldi, Mestre em Educação, especialista em neuroaprendizagem, psicopedagogia; e Fernanda Pedrosa, Doutora em Educação, ambas do Departamento Nacional do Senac as responsáveis pelo Programa Multitude, que trata sobre a diversidade. O painel destacou práticas pedagógicas inclusivas, estratégias de formação continuada de docentes e metodologias aplicáveis ao ensino técnico e profissionalizante.
O segundo dia do congresso iniciou com workshops e oficinas simultâneas entre 8h e 10h30, com temas voltados à inovação e inclusão na educação. Entre eles: Maratona de Inovação e Inclusão, facilitada por Gabriel Nojosa; Compreender para incluir: neurodivergência e planejamento educacional individualizado, conduzido por Adriana Barufaldi; Estratégias de suporte de aprendizagem para alunos autistas e com outras deficiências no contexto escolar, ministrado por Vinícius de Medeiros; Dispositivos de encontro: mediação e criação de materiais educativos acessíveis, com Sara Reis; e Racismo Ambiental, apresentado por Luana Cardoso Santana Tavares. Cada atividade uniu teoria e prática, favorecendo a construção de competências profissionais voltadas à educação inclusiva e equitativa.
Encerrando o congresso, a palestra “Como ser um educador antirracista” foi conduzida por Bárbara Carine, Professora e Pesquisadora com Doutorado em Ensino de Química, autora do livro vencedor do Prêmio Jabuti 2024 na categoria Educação, que tem o mesmo nome da palestra apresentada, trouxe reflexões sobre práticas pedagógicas e curriculares voltadas à promoção da equidade racial nas escolas.
O dia também contou com a apresentação musical de Augusto Neto e banda, cantor e instrumentista autista, reforçando a relevância da inclusão em todos os setores culturais e educacionais.
As atividades realizadas evidenciaram que a inclusão não é apenas um valor social, mas também um componente estratégico para a educação de qualidade e transformação social.
Atenciosamente,
Fonte: Ascom-Senac