As atrações contagiaram o público, que dançou agarradinho — uma característica do reggae no estado — ao som de grandes sucessos do reggae local, nacional e internacional”
Grandes ícones do reggae passaram pela Arena Jamaica Brasileira, montada na Passarela do Samba, no Anel Viário, durante o Festival Ilha do Reggae, neste domingo (23). Entre os destaques do segundo dia do evento, os shows da banda Tribo de Jah, Maneva, Planta & Raiz, Ky-Mani Marley, Burning Spear e Edson Gomes. As atrações contagiaram o público, que dançou agarradinho — uma característica do reggae no estado — ao som de algumas “pedras de responsa”.

Com acesso gratuito, o festival foi uma iniciativa do Governo do Maranhão, via Secretaria de Estado da Cultura (Secma), fomentada pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura e com patrocínio da Hald, Uni Alumínio, MDK Hospitalar e Construtec Engenharia.
Muito mais do que um evento musical, o festival foi uma experiência cultural, com espaços de valorização da cultura que gira em torno do reggae: trancistas para fazer penteados que conversam com o estilo musical, artesanato e vestuário. O grave das radiolas também esteve presente, com a Estrela do Som no segundo dia do evento, dando o tom envolvente que só o reggae possui.
Público aprovou a realização do Festival Ilha do Reggae (Foto: Júnior Foicinha)
“Firmamos esse compromisso de fazer o primeiro festival internacional de reggae na capital do reggae no Brasil, que é a nossa Jamaica Brasileira, São Luís. Sabemos o tanto que é forte o reggae aqui, mas precisávamos desse festival para incentivar não só essa cultura, mas também a economia do reggae. Então, estou muito feliz porque todo mundo foi contemplado: bandas locais, nacionais e internacionais”, declarou o governador Carlos Brandão, que acompanhou o segundo dia do festival.

Brandão lembrou que o embrião do festival foi a visita do ministro do Turismo da Jamaica, Edmund Bartlett, em agosto do ano passado a São Luís, com a presença do ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino. Na ocasião, foi firmado um memorando de entendimento entre Brasil e Jamaica, com foco no turismo sustentável e no fortalecimento do intercâmbio cultural entre as duas nações. Além disso, o festival marca as atividades em alusão ao Mês da Consciência Negra.

O evento conquistou o coração do público, que teve a oportunidade de ver de perto seus maiores ídolos. Guilherme Morgan é natural do Espírito Santo e está morando no Maranhão por conta dos estudos, mas não deixou a oportunidade passar ao saber que a banda Maneva seria uma das atrações do segundo dia do festival.
“Eu sou do Espírito Santo, mas estou morando aqui, estou estudando. São Luís é a capital do reggae, a Jamaica Brasileira, então eu não poderia deixar de curtir esse festival. Hoje tem show da Maneva e eu sou muito fã, então eu vim curtir”, afirmou.

Para Elane Araújo, moradora da capital maranhense, o evento reforça a identidade cultural da cidade, que tem o reggae como parte da sua história. “A organização está impecável. Esse festival é lindo e valoriza a nossa cultura reggae com essa magnitude. Precisávamos desse festival em nossa cidade, com tantas atrações nacionais e internacionais”, relatou.
O empresário Manoel de Jesus veio do Rio de Janeiro para ver os shows e também elogiou a realização do evento. “Essa é uma grande iniciativa. O governo está de parabéns. É um evento que deveria se eternizar em São Luís do Maranhão, porque aqui é a Jamaica Brasileira”, declarou.

Para Batam Passos, que é dançarino de grupos de reggae da capital, o evento reuniu uma energia positiva para o movimento regueiro e deixa os ludovicenses com ainda mais orgulho do título de Jamaica Brasileira atribuído a São Luís.
“É uma satisfação imensa participar desse evento de grande repercussão nacional, e até internacional. Como ludovicense, amante da cultura reggae, e de outras diversidades culturais, me sinto completamente engrandecido com essa experiência que temos aqui”, afirmou Batam Passos.
Já a empreendedora Paula Dutra afirmou estar grata com a experiência no evento. “É uma grande oportunidade que o governo está dando para nós, artesãos, que precisamos desse espaço. A cidade está maravilhosa e o público está maravilhoso. Então, só tenho a agradecer”, comentou.

Neide Baldez, que é membro da Feira de Empreendedores do Quilombo Urbano da Liberdade, parabenizou a iniciativa da gestão estadual em realizar um evento do porte do festival e valorizando os empreendedores locais.
“É de uma importância, magnitude e grandiosidade esse evento, pois trata da nossa cultura, do reggae, e também valoriza os empreendedores que passam o ano inteiro produzindo e comercializando produtos voltados para a linha do reggae. Então, esse fortalecimento, com a união do comércio local com a cultura, é muito importante para nós, empreendedores negros”, observou.
A programação do segundo dia do evento contou com apresentações de Maneva, Norris Cole, Planta & Raiz, Tribo de Jah, Ky-Mani Marley, Edson Gomes, Banda Guetos, Capital Roots, George Gomes, Sly Foxx, Honey Boy, Ronnie Green; dos DJs Tássila de Paula, Nando Marley, Soraya Melo, Resistência Reggae, Equipe de Ouro, Gil Mafra, Carlos Mafra, Mulher Maravilha, Sandra Marley, Roberthanko, Natty Márcio, Dread Sandro, Chico do Reggae, Pedro Pedra, Rose Bombom; e da Radiola Estrela do Som.
Fonte: Ascom

















