A permissão para que companhias aéreas com capital estrangeiro operem no Brasil tem apresentado resultados, atendendo às expectativas do setor turístico brasileiro. A decisão, editada pelo Executivo Federal em 2019, permite o ingresso de novas empresas fazendo rotas locais e internacionais, a exemplo da Norwegian, Sky Airlines, Flybondi e Jetsmart, já em operação.
Na última quinta-feira, 20 de fevereiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a operação da companhia aérea Virgin Atlantic para a rota Guarulhos, em São Paulo, e Reino Unido. A empresa britânica atua no ramo das low-cost, companhias de baixo custo que oferecem passagens mais baratas em rotas tradicionais, regionais, nacionais ou internacionais, em aviões com serviços básicos, visando ao barateamento da viagem.
Além da empresa britânica, a espanhola Air Nostrum também está autorizada a realizar voos no país. A ampliação da oferta de companhias aéreas pode resultar na queda de preços das passagens e na melhoria dos serviços prestados pelas empresas do setor – algo que certamente fomentará a atividade turística no Brasil, tanto no turismo interno quanto na recepção de turistas estrangeiros.
Impactos na gestão local
A área técnica de Turismo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) acompanhou os debates da mudança, no ano passado, e celebra os primeiros resultados da abertura do capital estrangeiro nas companhias aéreas com operação no território brasileiro. O tema constou na pauta prioritária da Confederação, que apoiou a edição da Lei nº 13.842/19, que eliminou a regra que impedia a atuação de companhias aéreas internacionais no país.
A CNM sugere aos Municípios com estabelecimentos aeroportuários, como Guarulhos – de onde partirão os voos da Vingin Atlantic –, que busquem incentivar a permanência dos turistas que se utilizarem dos aeroportos em seus territórios, nos equipamentos e nas atrações turísticas locais, fomentando a ampliação da atividade turística no Município. O objetivo é aproveitar a presença dos passageiros na localidade para expansão do setor e, consequentemente, da economia local.