No caso do Chile, um dos destinos internacionais favoritos dos brasileiros, a retomada se dará em duas etapas.
Na primeira, que vale desde segunda (23), o turista que vier de países onde há transmissão comunitária do coronavírus, caso do Brasil, deve apresentar exame PCR negativo para coronavírus, feito no máximo 72 horas antes do embarque, e declaração juramentada de que não tem a doença. Também precisa mostrar que tem seguro-saúde e cumprir quarentena de 14 dias num endereço definido por ele mesmo.
O monitoramento do viajante é feito por meio de um aplicativo das autoridades sanitárias locais.
A entrada no Chile deve ser feita necessariamente pelo aeroporto de Santiago. Os outros ainda não recebem voos internacionais, e as fronteiras terrestres seguem fechadas.
Uma vez dentro do país, o turista pode se locomover para outras regiões, desde que elas estejam ao menos na fase 3 do programa do governo para a reabertura. As turísticas Viña del Mar e Valparaíso, o deserto do Atacama e o Parque Nacional Torres del Paine já podem receber viajantes. A lista completa está disponível em gob.cl/pasoapaso.
“A reabertura é gradual. Temos vários protocolos para seguir. Primeiro, começamos com o turismo doméstico. A indústria se preparou muito para este momento”, afirma Andea Wolleter, diretora nacional da Secretaria de Turismo do Chile.
Ela diz que o país está ansioso para voltar a receber brasileiros. Em 2019, 542 mil turistas do Brasil visitaram o Chile.
“Não será como um ano normal, e os brasileiros costumam vir mais no inverno, não agora, mas esperamos um número importante”, afirma.
Cuba, por sua vez, reabriu para visitantes internacionais no último dia 15. Para poder entrar na ilha, o turista deve apresentar uma declaração de que não está infectado e fazer um teste tipo PCR no momento do desembarque. Depois, o visitante precisa ficar isolado, por no máximo 24 horas, até o resultado sair. Se não tiver a doença, está livre para viajar pela ilha, que recebeu cerca de 40 mil brasileiros em 2019.
Na África do Sul, o presidente Cyril Ramaphosa anunciou no dia 12 que o país reabriria para visitantes de todo o mundo.
Quem for à nação africana deve apresentar teste tipo PCR com resultado negativo para a doença feito no máximo 72 horas antes do embarque.
Além disso, há controle para identificar possíveis sintomas da Covid-19 nos aeroportos. Caso o viajante apresente algum deles, será obrigado a fazer outro teste, tendo de arcar com seus custos. Se o exame der positivo, terá de cumprir quarentena de dez dias num espaço designado pelo governo, também às suas próprias custas.
Os três países agora engrossam uma lista de quase cem para onde o brasileiro pode, com mais ou menos restrições, viajar. O número é da empresa Schultz Vistos, que fez uma pesquisa para o portal de turismo Panrotas.
A grande maioria requisita testes PCR negativos para coronavírus. México e Turquia são algumas das exceções: não estão fazendo exigências aos viajantes.
Alguns dos destinos mais procurados por brasileiros, EUA e países da Europa ocidental, entretanto, continuam fechados. É possível entrar na Europa via Reino Unido, mas com quarentena obrigatória. A partir de 15 de dezembro, esse isolamento será de 5 dias. Hoje, é de 14.
A Argentina, por sua vez, passou a aceitar turistas brasileiros neste mês, desde que estes se comprometam a não sair da Grande Buenos Aires e apresentem PCR negativo. A partir do Brasil, só se pode entrar via Ezeiza, aeroporto a 32 quilômetros da capital.
O que é exigido
Chile – Quarentena de 14 dias, PCR negativo e seguro-saúde; turistas que chegarem após 7 de dezembro estarão dispensados do isolamento
Cuba – Teste PCR na chegada e isolamento de no máximo 24 horas até o resultado + visto
África do Sul – PCR negativo e verificação de sintomas na chegada ao país